Comente, compartilhe e deixe sua opinião nos comentários! Sua participação é essencial para enriquecer o debate
por Fernando Moreira de Souza
A Vale S.A. divulgou, nesta quarta-feira, suas demonstrações financeiras referentes ao primeiro trimestre de 2025, destacando uma performance operacional consistente e a continuidade de iniciativas voltadas à eficiência e geração de valor.
Segundo Gustavo Pimenta, CEO da empresa, os primeiros meses do ano confirmam o alinhamento da Vale com suas metas estratégicas. “Iniciamos 2025 de forma sólida. Mantemos uma boa gestão de custos, com o C1 atingindo US$ 21 por tonelada, reforçando nossa trajetória de redução anual. Seguimos focados em aumentar a flexibilidade do nosso portfólio e a eficiência operacional”, afirmou. Ele também destacou os avanços nos projetos da Vale Base Metals e o impacto positivo de medidas como a criação da joint venture estratégica com a Aliança Energia, que contribui para os objetivos de descarbonização de longo prazo. “Nossa estratégia Vale 2030 nos posiciona para gerar valor em qualquer cenário de mercado”, concluiu
No primeiro trimestre, o desempenho comercial da companhia evoluiu em todos os segmentos. As vendas de minério de ferro subiram 4% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o cobre e o níquel apresentaram aumentos de 7% e 18%, respectivamente.
O custo caixa C1 para o minério de ferro registrou queda de 11% na comparação anual, atingindo US$ 21/t – valor que mantém a tendência de redução observada anteriormente. A empresa permanece confiante em alcançar o intervalo previsto de US$ 20,5 a 22,0/t até o final do ano.
No segmento de metais básicos, o custo all-in do cobre caiu 63%, alcançando US$ 1.212/t, impulsionado por maior receita com subprodutos e estabilidade operacional. Já o custo total do níquel, ajustado pela participação na PTVI, recuou 4% na mesma base de comparação, ficando em US$ 15.730/t.
EBITDA impactado por preços, mas desempenho operacional sustenta resultado
Embora o preço médio realizado de finos de minério de ferro tenha permanecido praticamente estável frente ao trimestre anterior (US$ 90,8/t), houve recuo de 10% em relação ao ano anterior, reflexo de cotações internacionais menos favoráveis.
Com isso, o EBITDA Proforma da Vale foi de US$ 3,2 bilhões, queda de 8% na comparação anual. Ainda assim, esse desempenho foi parcialmente sustentado pelos maiores volumes de vendas e pela redução nos custos de produção, além de uma performance mais sólida da Vale Base Metals.
O CAPEX totalizou US$ 1,2 bilhão no trimestre – um recuo de US$ 221 milhões em relação ao 1T24, alinhado com a revisão do plano de investimentos para 2025, que se mantém em US$ 5,9 bilhões.
Por outro lado, a geração de fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 504 milhões, influenciada pela diminuição do EBITDA e pela elevação do capital de giro. A dívida líquida expandida chegou a US$ 18,2 bilhões, aumento de US$ 1,8 bilhão em relação ao trimestre anterior, principalmente em função do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.
A Vale realizará uma teleconferência com webcast nesta sexta-feira, 25 de abril, às 11h (horário de Brasília), para comentar os resultados do período. A transmissão ao vivo, bem como os materiais de apresentação, estarão disponíveis no site www.vale.com/investidores. O replay do evento será disponibilizado logo após o término da conferência.