Após 51 dias de greve, os trabalhadores da Agência Nacional de Mineração do Brasil (ANM) decidiram encerrar a paralisação em resposta ao compromisso do governo de melhorar as condições de trabalho, de acordo com informações fornecidas por um porta-voz da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Mineração (ASANM).
O fim da greve se tornou possível devido à disposição dos funcionários de dar mais tempo ao governo para encontrar soluções que atendam às suas reivindicações.
Desde o início da greve, que teve início em agosto, representantes dos ministérios de Minas e Energia e de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos têm participado de negociações regulares para abordar as demandas sindicais.
Uma das principais demandas é o aumento do número de servidores para 2.121, conforme estabelecido por lei. Atualmente, a ANM emprega 678 trabalhadores.
Além disso, o sindicato busca salários mais altos, já que estima que os servidores da ANM recebem entre 30% e 40% menos do que seus colegas em outras 11 agências reguladoras.
A ANM foi estabelecida em 2017, substituindo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que carecia de poderes regulatórios. Durante a greve, os servidores também levantaram preocupações sobre o desvio de fundos arrecadados pela Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) por governos locais, enquanto esses recursos deveriam ser destinados à agência.