A produção mineral comercializada da Bahia alcançou, no ano passado, a marca de R$ 10,2 bilhões. Trata-se de um aumento de 7% em relação ao valor registrado em 2021, quando a produção chegou a R$ 9,6 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE)
“A mineração tem papel fundamental para o crescimento do estado. As cidades onde estão situadas as empresas são beneficiadas tanto com o dinheiro da CFEM [Contribuição Financeira pela Exploração de Recursos Minerais], que retorna para o município, quanto pelos empregos gerados, que normalmente pagam três vezes a mais do que em outros setores, beneficiando toda a economia da cidade”
Antonio Carlos Tramm. Presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM)
Ainda segundo os dados do SDE, a produção comercializada do ouro, do cobre e do níquel também teve destaque, alavancando a arrecadação da CFEM nos municípios de Jacobina, Itagibá, Jaguarari e Juazeiro. De acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), a produção mineral nesses quatro municípios respondeu por mais da metade da CFEM de todo o estado no ano passado.
Em quatro anos (2017 a 2021) a Bahia foi o estado que mais realizou investimentos em pesquisa mineral, com um total superior a R$ 1,5 bilhão, contabilizando investimentos públicos e privados. Segundo o Ministério da Economia, o setor emprega diretamente mais de 14 mil pessoas, apenas no estado.
Bahia arrecada R$ 182 milhões em CFEM em 2022
Em 2022, todo o estado da Bahia arrecadou R$ 182,8 milhões em CFEM – um aumento de 4% em relação a 2021, quando o estado arrecadou R$ 175,2 milhões. O município que mais arrecadou CFEM foi Itagibá com R$ 34,2 milhões. Em seguida, vem Jacobina com R$ 26,5 milhões, Jaguarari com R$ 23,3 milhões, Juazeiro R$ 16,1 milhões e Caetité R$ 10,9 milhões, fechando os cinco primeiros em termos de arrecadação