por Fernando Moreira de Souza
De acordo com matéria publicada em O Globo, o impacto ambiental para conseguir energia renovável nos modelos de transição energética será enorme, pois necessita de grande quantidade de materiais e isso tem gerado preocupações. Mas estudos recentes apontam que a indústria mundial de mineração pode reduzir a partir das mudanças de matriz energética, porque é preciso considerar que que a mineração já contribui com usinas fósseis.
O setor em questão possui duas linhas antagonicas: usinas solares, eólicas, nucleares e a produção de baterias, que não emitem CO2 para a geração de energia e a indústria do petróleo, com relação a mineração, considera-se principalmente o carvão e o gás-natural e cada fonte tem seu predicado crítico.
Dos materiais necessários na transição, cinco se encontram em solo nacional, sendo o níquel, o manganês, o grafite, o alumínio e as terras raras e o país pode sofrer a pressão para a atender a demanda mundial. Cada material tem sua especificidade na transição energética. A extração mineral desses elementos provocam um grande impacto ambiental, mas matrizes energéticas, como o carvão e o gás, também são provenientes da mineração.
Um estudo recente sobre essa questão, liderado pelo geólogo Seaver Wang, foi produzido pela ONG de pesquisa californiana Breakthrough Institute, onde os pesquisadores compararam as necessidades minerais de energias de baixo carbono com as fósseis. “Nossa análise aponta que a terra e o material extraídos para fornecer só o combustível necessário para a eletricidade do carvão são pelo menos 20 vezes a pegada total de mineração da energia eólica onshore (em terra), e que o combustível necessário para a eletricidade a gás é pelo menos duas vezes maior”. explicou Wang.