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por Fernando Moreira de Souza
Uma mina de ouro de grande proporção foi identificada na China no final de 2024, sendo considerada a maior jazida do metal precioso já registrada. Inicialmente estimado em 300 toneladas, o volume do depósito foi posteriormente revisado para mil toneladas, alcançando um valor aproximado de US$ 83 bilhões (R$ 483 bilhões). A descoberta pode provocar transformações no mercado global do ouro, influenciando a economia e os investidores.
Localizada no campo de ouro de Wangu, no condado de Pingjiang, província de Hunan, a jazida apresenta uma concentração significativa do metal, com 138 gramas de ouro por tonelada de minério. A China, que em 2023 extraiu 370 toneladas de ouro, responde por cerca de 10% da produção mundial, mas ainda depende de importações para suprir sua demanda interna, que supera três vezes a capacidade de extração nacional.
A descoberta pode impulsionar o crescimento econômico na região de Hunan, atraindo investimentos e fortalecendo a indústria mineral. De acordo com a agência estatal Xinhua, os efeitos dessa nova jazida devem se estender tanto para o mercado financeiro quanto para a macroeconomia local.
Riscos e desafios associados
Especialistas alertam que, apesar dos potenciais benefícios, a intensificação da mineração pode resultar em desafios sociais e ambientais. O aumento da atividade industrial pode levar ao deslocamento populacional e ao agravamento das desigualdades sociais.
Um estudo conduzido por Loayza e Rigolini aponta que, embora a mineração possa elevar o consumo per capita e reduzir a pobreza, também pode aprofundar as disparidades econômicas, exigindo que as autoridades locais adotem medidas para equilibrar os impactos.