Representantes do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) se reuniram nesta quinta-feira (8/2) com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, para discutir a agenda da mineração em 2024.
Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, acompanhado do vice-presidente Fernando Azevedo e Silva e do diretor de Relações Institucionais, Rinaldo Mancin, apresentaram os principais temas do setor, com ênfase na necessidade de uma política nacional para incentivar a produção de minerais críticos e estratégicos.
Jungmann destacou como a mineração pode posicionar o Brasil como líder global em inovação tecnológica e na transição para uma economia verde, ressaltando o potencial do país na oferta de minerais essenciais para a descarbonização e a mitigação das mudanças climáticas.
Além disso, o presidente do IBRAM expressou preocupação com a atual situação fiscal do setor mineral, mencionando a criação de novas taxas de fiscalização em nível estadual e municipal, que têm impactado negativamente a segurança jurídica, a competitividade e a atração de investimentos. Ele também abordou questões da reforma tributária que têm onerado a indústria da mineração, como a incidência do Imposto Seletivo e dos fundos estaduais de infraestrutura.
Jungmann alertou para as consequências dessas medidas, prevendo inflação, aumento da carga tributária e desestímulo aos investimentos no Brasil.
Durante o encontro, também foram discutidos temas como a falta de mecanismos de financiamento adequados para a atividade mineral brasileira e a Nova Indústria Brasil. Ao final, os representantes do IBRAM convidaram o vice-presidente Alckmin para participar do I Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos, programado para maio deste ano, e da II Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, agendada para novembro de 2024, em Belém.