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Por Ricardo Lima
A empresa norueguesa Hydro registrou um lucro de 2,45 bilhões de coroas norueguesas (aproximadamente US$ 240,9 milhões) no segundo trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo intervalo, a receita líquida somou 53,1 bilhões de coroas (US$ 5,22 bilhões), alta de 4% na comparação anual. Informações do Valor Econômico.
“Estamos satisfeitos com os resultados deste trimestre em meio a um mercado global com continuidade de incertezas”, afirmou Eivind Kallevik, diretor-presidente da Hydro, em comunicado oficial. Ele acrescentou: “Estamos tomando medida para reforçar nossa resiliência e eficiência operacional de longo prazo.”
Desempenho favorecido por preços e produção
O avanço foi atribuído, em grande parte, aos preços mais elevados do alumínio e da energia no período. No entanto, parte desses ganhos foi limitada por efeitos negativos de câmbio e aumento dos custos de insumos. Na comparação com o trimestre anterior, os resultados mostraram uma leve deterioração, refletindo ajustes operacionais e oscilações do mercado global.
As operações brasileiras, por sua vez, também tiveram impacto nos números finais. A empresa realizou uma baixa contábil de 400 milhões de coroas norueguesas nos ativos de geração de energia no país, em decorrência de efeitos de curtailment – termo utilizado para descrever a redução forçada de produção por restrições externas. Já as unidades da Albras, Alunorte e Paragominas apresentaram desempenho estável, sem variações expressivas.
Foco em eficiência e contenção de custos
Diante da volatilidade persistente do mercado internacional, a Hydro decidiu revisar para baixo seus planos de investimento para 2025. A estratégia visa priorizar o aumento da eficiência operacional e o controle de gastos no curto prazo, ao mesmo tempo em que preserva as condições para um crescimento sustentável no futuro.
A companhia reforçou que medidas adicionais poderão ser implementadas caso o cenário global se deteriore. Ainda assim, mantém projeções positivas para segmentos-chave da cadeia do alumínio, com expectativa de retomada gradual da demanda nos próximos trimestres.