O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, considera que a região amazônica oferece oportunidades “únicas de relacionar a mineração com a sustentabilidade, com a responsabilidade ambiental”.
Até 20027 a mineração vai direcionar ao Pará 1/3 dos investimentos totais (US$ 50 bilhões). Segundo Jungmann, “esse investimento será em nome da mineração sustentável, da floresta viva, do respeito aos povos indígenas e originários, visando a redução da desigualdade de renda”. Ele abriu na noite desta 2ª feira (28/08) a edição 2023 da EXPOSIBRAM, em Belém (PA).
O governador do Pará, Helder Barbalho, participou da solenidade e disse que seu governo está “certo de que a parceria com o IBRAM, a parceria com a atividade minerária do nosso estado pode ser um importante fomentador para a transição econômica, transição de todas as esferas que dialoguem com o meio ambiente. E, a partir daí, o estado do Pará possa construir, efetivamente, um desenvolvimento sustentável que olhe pelas pessoas, que olhe pela floresta e que estimule a economia atrelada a um novo tempo para o Pará e ao Brasil”.
A EXPOSIBRAM vai acontecer em Belém até o dia 31/8. Acesse o site do evento para mais informações.
O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse que “a mineração tem muito a contribuir para o desenvolvimento do Brasil e ajudar o país a assumir uma posição de liderança na transição energética”. Disse que a Vale avança de forma consistente em sua jornada para tornar a empresa cada vez mais segura, sustentável e inovadora.
“Queremos não só fazer parte, mas sermos motores da transformação da sociedade e do cuidado genuíno na nossa relação com as pessoas, com o território e com as agendas ambientais, sociais e culturais”, afirmou.
A Vale, disse, é uma companhia cada vez mais baseada na natureza. A atuação em Carajás no Pará por quase 40 anos “é exemplo de como a mineração é sustentável”. Segundo ele, dos cerca de 1 milhão de hectares de floresta que a Vale protege no mundo, 800 mil hectares estão na Amazônia, no mosaico de Carajás, uma área equivalente a 5 vezes a área da cidade de São Paulo. “Em Carajás, a Vale produz 60% do minério de ferro usando apenas cerca de 2% da área que impacta”, disse.
Bartolomeo citou ainda que a Vale fomenta a bioeconomia e protege a floresta de pé. Atua com pesquisa e produção de conhecimento em biodiversidade, genômica e mudanças climáticas “e hoje é um hub de conhecimento sobre a Amazônia único no país”.
Raul Jungmann ressaltou que o futuro da humanidade está relacionado ao desempenho da mineração. Como exemplo, citou a relevância da oferta de minérios para proporcionar a transição energética, o que irá resultar em uma economia de baixo carbono. “É uma economia que nos assegurará a continuidade da humanidade; um mundo melhor para nossos filhos, para nossos netos. Não há nada menos ético do que legar às futuras gerações uma natureza pior do que nós recebemos”, afirmou.
Ele disse ainda que essa transição exige oferta de minerais estratégicos, já que pela sua composição, pelo seu uso permitem que se reduza a produção de gás carbônico, “o grande vilão do aquecimento global, e seus efeitos danosos ao planeta e às pessoas. Aqui no Pará temos grandes potencialidades para esses minerais críticos e vislumbramos a capacidade para contribuirmos para que tenhamos um mundo saudável”, disse.
Na solenidade de abertura o vice-presidente do Conselho Diretor, Ediney Drummond, apresentou as boas-vindas à EXPOSIBRAM 2023 e a solenidade também contou com homenagens do IBRAM para o governador Helder Barbalho, para a Frente Parlamentar da Mineração Sustentável e para a empresa Geosol.
No palco, o IBRAM recebeu para prestigiar a cerimônia: Ana Paula Bittencourt, Secretária Adjunta da Secretaria Nacional Geologia, Mineração e Transformação Mineral, representante do Ministério de Minas e Energia; Hanna Grassan Tuma, Vice-governadora do Estado do Pará;
Chicão, Deputado Estadual, presidente da assembleia legislativa do estado do Pará; Desembargadora Maria de Nazaré Gouveia dos Santos, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará; Senador da República Zequinha Marinho; Zé Silva, Deputado Federal, representante da Frente Parlamentar de Mineração; Edmilson Rodrigues, Prefeito de Belém; Lucas Araripe, Diretor executivo da Casa dos Ventos; John Thuestad, Vice-Presidente da Hydro; Fernando Aragão, Ceo da Armac, Patrícia Procópio presidente do Women in Mining Brasil; Rohistesh Dhawan, Ceo do ICMM (International Council on Mining and Metals); Anderson Baranov, Presidente ; do SIMINERAL; Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás; José Luis Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo do BNDES; Juan Camillo, presidente da Associação de Mineração da Colômbia; Deputado Federal, Kenyston Braga; entre outros.