A China está trabalhando para aumentar sua extração de lítio e, até meados da década, pode controlar cerca de um terço da oferta mundial.
De acordo com o UBS AG, as minas controladas pela China, incluindo os projetos na África, aumentarão a produção para 705.000 toneladas até 2025. Isso elevaria a participação da China no mercado do mineral essencial para baterias de veículos elétricos para 32% da oferta global. O percentual representa um aumento significativo em relação aos 24% registrados no ano passado.
A corrida para garantir o acesso ao lítio está ocorrendo em todo o mundo, com nações como os Estados Unidos dando prioridade aos materiais necessários para a fabricação de baterias, à medida que o mundo se afasta dos combustíveis fósseis. A China tem necessidades particularmente agudas de lítio, pois abriga o maior mercado mundial de veículos elétricos.
Lítio é foco da China
Ainda segundo o levantamento, a produção chinesa de lítio deve incluir um aumento no material derivado de lepidolita, uma rocha muitas vezes negligenciada por causa de seu baixo rendimento e altos custos de energia.
No entanto, o UBS vê a lepidolita na China respondendo por 280.000 toneladas de lítio em 2025. Isso representa 13% da oferta global, um grande aumento em relação às 88.000 toneladas registradas no ano passado. O governo chinês continua a apoiar o setor e está buscando exercer mais controle sobre seus depósitos de lítio. Isso inclui, por exemplo, a contenção da extração não licenciada de lepidolita na província de Jiangxi, um importante centro de mineração.
A crescente produção de lítio da China é um sinal de sua determinação em liderar a transição global para veículos elétricos. Com a demanda global por baterias de íon-lítio projetada para aumentar muito nos próximos anos, a China está posicionando-se para ser uma força dominante na indústria de baterias, o que pode ter implicações significativas para a economia global.