A Aura Minerals anunciou os resultados preliminares de produção de ouro equivalente (GEO) referentes ao primeiro trimestre de 2025. Entre janeiro e março, foram produzidas 60.087 onças equivalentes de ouro em suas quatro operações ativas — Aranzazu, Apoena, Minosa e Almas. O número representa uma redução de 9% em relação ao trimestre anterior e de 7% na comparação com o mesmo período de 2024, considerando os preços constantes dos metais.
Mesmo diante dessa queda, a companhia reafirmou sua expectativa de atingir o guidance anual, que projeta entre 266.000 e 300.000 GEO até o fim de 2025. Um dos fatores que sustentam esse otimismo é a entrada da mina Borborema no portfólio de ativos da Aura, cuja operação foi oficialmente iniciada no final de março.
Embora a produção da nova mina ainda não tenha sido registrada neste trimestre, a expectativa é de que ela contribua com a produção de 33.000 a 40.000 onças até o fim do ano. A construção de Borborema foi finalizada em 19 meses, dentro do cronograma e com um investimento de US$ 188 milhões.
Desempenho por operação
Entre as quatro minas em atividade, Apoena foi a que apresentou melhor desempenho em relação ao trimestre anterior, com produção de 8.876 GEO — um aumento de 25% impulsionado principalmente pelos teores mais altos de minério e melhora na recuperação em planta. No entanto, quando comparada ao primeiro trimestre de 2024, a produção apresentou queda de 27%, reflexo do desempenho excepcional registrado no período anterior.
Na unidade de Aranzazu, foram produzidas 20.456 GEO, volume 10% inferior ao do quarto trimestre de 2024. A queda é atribuída à redução de 7% no volume de minério processado, associada a intervenções programadas de manutenção e ao impacto da presença de argila em áreas específicas da mina. Em relação ao mesmo período do ano passado, a retração foi de 5%.
Já em Minosa, a produção alcançou 17.654 GEO, o que representa uma diminuição de 8% em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2024. O resultado segue o previsto pela companhia, em função da variação nos teores e no volume alimentado na planta.
A mina de Almas registrou 13.101 GEO no trimestre, volume 21% inferior ao dos três meses anteriores. Segundo a empresa, o desempenho está de acordo com o plano operacional, que previa maior movimentação de estéril no período inicial do ano. Na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, no entanto, houve crescimento de 10%, atribuído à melhora do desempenho da mina e da planta.
Expansão e perspectiva de crescimento
Com a entrada de Borborema no ciclo produtivo, a Aura reforça seu foco em crescimento e eficiência operacional. A nova operação é considerada estratégica por combinar alta base de recursos com um dos menores custos caixa do portfólio da empresa.
O presidente e CEO da Aura, Rodrigo Barbosa, destacou o bom começo de ano para a companhia:
“Começamos bem 2025, com a construção de Borborema concluída dentro do prazo e do orçamento. O ramp-up da nova operação deve ser concluído até o terceiro trimestre de 2025 e, a partir daí, Borborema se tornará um ativo estratégico para a Aura, contendo uma das maiores bases de recursos e um dos menores custos caixa do nosso portfólio. O primeiro trimestre de 2025 teve um desempenho em linha com o nosso plano anual, o que nos deixa confiantes com nosso progresso e com o acréscimo da produção de Borborema estimada entre 33.000 e 40.000 GEO. Esse resultado nos deixa bem posicionados para cumprir nossas metas do ano e reforça nossa confiança no crescimento e na melhoria contínua das nossas operações”, destacou.
Indicadores técnicos
A seguir, estão apresentados os dados consolidados de produção de GEO do 1T25 comparados ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2024, tanto em preços correntes quanto constantes:

Fonte: Aura Minerals / Divulgação
Adicionalmente, a produção por tipo de metal da mina Aranzazu está detalhada na tabela abaixo:

Fonte: Aura Minerals / Divulgação