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Por Ricardo Lima
A AngloGold Ashanti, uma das maiores produtoras de ouro do mundo, fechou o segundo trimestre de 2025 com crescimento expressivo em produção e indicadores financeiros. A companhia produziu 804 mil onças de ouro globalmente, alta de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior, e registrou fluxo de caixa livre de US$ 535 milhões, avanço de 149%.
Na América Latina, foram produzidas 131 mil onças, sendo 84 mil no Brasil. O Ebitda ajustado global cresceu 111% no período, impulsionado por produção consistente, controle de custos e preços favoráveis.
Crescimento global e resultados operacionais
Os dados foram divulgados na última quinta-feira (1º), em Londres, sede do grupo. O aumento na produção global da AngloGold Ashanti no segundo trimestre de 2025 foi acompanhado por forte desempenho financeiro. O fluxo de caixa livre saltou de US$ 215 milhões para US$ 535 milhões, enquanto o Ebitda ajustado passou de US$ 684 milhões para US$ 1,443 bilhão.
Segundo o CEO global da AngloGold Ashanti, Alberto Calderon, os números refletem a estratégia da companhia:
“Estamos colhendo os benefícios do crescimento consistente da produção e do fluxo de caixa, apoiados por uma alocação disciplinada de capital”, afirmou.
Na divisão latino-americana — que abrange Brasil e Argentina — a produção no trimestre foi de 131 mil onças, sendo 84 mil provenientes das operações brasileiras. No país, 68 mil onças foram extraídas nas Operações Cuiabá, em Sabará e Caeté (MG), e outras 16 mil nas Operações Serra Grande, em Crixás (GO). Já na Argentina, nas Operações Cerro Vanguardia, foram produzidas 47 mil onças.
Sustentabilidade e tecnologia no Brasil
O presidente da AngloGold Ashanti na América Latina, Luis Lima, destacou o compromisso ambiental e a modernização dos processos no Brasil:
“Estamos avançando de forma consistente no processo de descaracterização das barragens e, até o fim do ano, várias estruturas terão o processo concluído. A descaracterização da barragem Serra Grande, por exemplo, já foi finalizada”, declarou.
Desde 2022, a empresa implementou 100% da tecnologia de rejeito a seco em suas unidades brasileiras, abandonando o método de disposição de rejeitos em polpa.
Entre as inovações, destaca-se a chegada da primeira sonda de circulação reversa (RC) para operações subterrâneas da América do Sul, instalada na Mina Cuiabá. A nova tecnologia permite dobrar a produtividade e aumenta a precisão das sondagens geológicas.
A segurança também ganhou reforço com a Sala Segurança 4.0, dedicada a treinamentos com realidade virtual 3D, também localizada na Mina Cuiabá. O espaço simula situações de risco para capacitar os trabalhadores em processos críticos com foco em prevenção de acidentes.
Mudanças na liderança
O segundo trimestre também marcou a nomeação de Luis Otávio de Lima como novo presidente da AngloGold Ashanti Latam. O executivo, que ingressou na empresa em 2019, ocupava a vice-presidência das Operações Cuiabá.
Com a mudança, Marcelo Pereira, que presidia a AngloGold Ashanti na América Latina desde julho de 2023, foi promovido a Chief Operating Officer (COO) global da companhia, passando a comandar as 11 operações da empresa em 10 países, espalhadas pelas Américas, África e Austrália.
Produção no semestre
No acumulado do primeiro semestre de 2025, a AngloGold Ashanti produziu 1,524 milhão de onças de ouro globalmente. No Brasil, a produção total foi de 152 mil onças, e na América Latina (Brasil + Argentina), de 246 mil onças. A empresa é a única no país a realizar todas as etapas da cadeia do ouro, da pesquisa à fundição.