“Estamos buscando uma bolsa para listagem da Sigma Brasil. A B3 vai ser a bolsa”, disse Ana Cabral ao Minera Brasil. Ela acredita no potencial da bolsa brasileira em atrair investimentos para o setor de mineração e fomentar a indústria de base. “A ideia é fomentar a nossa bolsa”, disse.
Listada nas bolsas de Toronto (Canadá) e na Nasdaq (Nova York-EUA), com BDRs negociados no Brasil. A Sigma está avaliado uma listagem na B3, disse Ana Cabral, ao Minera Brasil. Ela acredita que é importante incentivar a listagem de mais empresas do setor de mineração na bolsa Brasileira.
“A gente tem capacidade de fomentar uma bolsa que seja nossa. já que os capitais são privados, vamos trazer esses capitais. Então é essa a discussão. Tem poucas empresas na B3, embora acessem ele. A ideia é fomentar a nossa bolsa”, disse.
Ana Cabral acredita que se o Brasil quer fomentar a indústria de base, tem que criar funding de fomento para mineração no país. “Fomentar esse setor na entrada,” avalia, lembrando das dificuldades que enfrentou no começo da Sigma para atrair investidores. “O difícil é que há 12 anos atrás, quem queria colocar capital de risco?”
B3 vai ser a bolsa
“Estamos buscando uma bolsa para listagem da Sigma Brasil. A B3 vai ser a bolsa”, disse Ana Cabral. Questionada se seria ainda neste semestre, Ana Cabral, disse esperar que sim. “Estamos acertando os detalhes. A gente espera que sim.”
Ana Cabral Gardner falou durante seminário sobre transição energética promovido pelo Ministério de Minas Energia, em Brasília, na semana passada, sobre a produção de lítio no Brasil. Ela explicou os planos para o futuro e desafios da companhia que lidera para consolidar o país como player mundial nas cadeias de baterias de veículos elétricos.
Nos últimos meses Ana Cabral tem participado de reuniões com o BNDES e Ministério de Minas e Energia. E com integrantes do governo como o vice presidente Geraldo Alkmin. Ela tem aconselhado o governo na formulação de políticas públicas para incentivar investimentos para o setor de mineração no país, principalmente, minerais estratégicos para transição energética e segurança alimentar.
Um desses programas está sendo estruturado pelo BNDES, que deve lançar em breve parceria com a Vale, um fundo para incentivar projetos de pesquisa e desenvolvimento para minerais estratégicos. O Ministério de Minas e Energia também está formando um plano que prevê algumas iniciativas, entre elas, agregação de valor na produção mineral brasileira, capacitação de mão de obra, ampliação do conhecimento geológico e pesquisa mineral no país.
A iniciativa da Sigma em se listar na bolsa brasileira é elogiada pelas entidades do setor, como ABPM e ADIMB, que têm atuado para criar um ambiente favorável para atração de investimentos via mercado de capitais. Miguel Nery, coordenador da rede Invest Mining, avalia que a decisão da Sigma em se listar na B3, vai contribuir para incentivar outras empresas a trilharem o mesmo caminho e se listarem no Brasil. Esse movimento, na avaliação de Nery, vai atrair o interesse dos investidores e aumentar o fluxo de capitais para bons projetos que precisam de recursos.
A rede Invest Mining tem articulado junto com BNDES e B3 mecanismos de financiamento para que projetos promissores voltados para projetos de minerais estratégicos em desenvolvimento do país, tenham acesso a investimentos por meio da criação de um mercado de venture capital, que viabilizará projetos de júnior companies.
Nery adiantou que uma reunião em março com a B3 vai discutir os próximos passos para facilitar a listagem das empresas com projetos no país, além de outros encaminhamentos com entidades do setor, BNDES, instituições do governo e empresas de mineração.