17 MAI 22
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Foto: Silvia Zamboni/Valor
A multinacional focada na produção de alumínio Alcoa, que atua em Juruti (PA), São Luís (MA) e Poços de Caldas (MG), está se reposicionando no Brasil com mineração de bauxita e fabricação de alumina e do metal bruto.
No Pará, a empresa processa o mineral bauxita. Já no Maranhão, fabrica alumina e alumínio primário. E, em Minas Gerais, tem produção integrada de aluminas especiais e reciclagem de sucata de alumínio.
Conforme noticiado pelo Minera Brasil, no final de abril deste ano, a empresa e sua parceira South 32 no Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar) retomaram as atividades da fábrica de produção de alumínio Redução, em São Luís. A Alcoa tem 60% de participação no consórcio e é a operadora do negócio.
A decisão de retomar as atividades se deu em meio a um aumento da demanda por alumínio. Juntas, as empresas estão investindo US$ 186 milhões no negócio.
O presidente da Alcoa no Brasil, Otávio Carvalheira, disse ao Valor Econômico que em 2023, a Alcoa já prevê colocar no mercado 268 mil toneladas de metal primário.
O volume faz referência à totalidade de sua participação na Alumar. A prioridade da produção é o mercado local, que cresceu 11% em 2021.
“Agora, com o religamento da Alumar, o país volta a ser autossuficiente em metal primário”, destacou Carvalheira
Neste ano, o consórcio prevê produzir de 120 a 130 mil toneladas com o religamento gradual de fornos.
Além disso, foram contratados 416 funcionários para a fundição, totalizando 790 pessoas empregadas só nesta frente. Considerando a refinaria, o total de pessoas empregadas na Alumar é de mais de 1.600.
“A Alcoa voltou a fechar o ciclo e isso é fruto de uma combinação de fatores: visão de longo prazo, demanda local e mundial, suprimento de metal, questões ambientais, uso de energia renovável (eólica e solar) competitiva, metal associado a soluções de eletrificação”, diz o executivo.
Segundo Carvalheira, os cenários atuais apontam para uma demanda global por alumínio consistente e um bom custo-benefício.
A empresa também está investindo na sua unidade de Poços de Caldas, onde iniciou suas atividades no Brasil há 57 anos. Atualmente, as operações na região incluem mineração, refinaria, químicos, refusão e fábrica de pó de alumínio. Também são produzidas no local aluminas especiais, destinadas a tratamento de água, ao setor de refratários e abrasivos.
De acordo com Carvalheira, a empresa está investindo mais de R$ 300 milhões em uma nova tecnologia que vai transformar rejeito em um bloco seco a ser depositado em área própria pelo método de empilhamento a seco.
Há também no local uma unidade fabril de reciclagem que produz lingotes, tarugos e pó de alumínio a partir da fusão de metal de sucata com alumínio primário. O volume obtido por ano é de 45 mil a 50 mil toneladas.
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